quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

CINCO QUALIDADES DO OBREIRO APROVADO.

Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade (II Timóteo, 2.15).

Obreiros tem muitos, mas os aprovados por Deus são poucos. Infelizmente estamos vivendo uma época em que as exigências e qualificações que a palavra de Deus recomenda para escolha e consagração de obreiros para exercer o ofício ministerial; seja diácono, presbítero, evangelista, pastor, bispo e outros, tem sido vulgarizada e desvalorizada. Uns são chamados por simpatia, outros por amizade, outros por ter um bom status social, outros por apadrinhamento, e na maioria das vezes eles não tem o mínimo de preparo ou vocação ministerial. Antigamente os homens de Deus oravam para o Espírito Santo revelar obreiros para serem consagrados, hoje muitos não oram mais neste sentido, parece que a urgência da obra é muito grande, e eles não tem tempo para orar. Já existe uma frase que muitos estão usando para justifica o seu erro, que diz: Se a chamada der errado, foi o homem quem chamou; se der certo, foi de Deus. Muitos almejam o episcopado com interesse financeiro, para engordar a sua conta bancária, muitos já se tornaram verdadeiros profissionais do púlpito nas igrejas e estão pregando o que o povo gosta de ouvir e não o que o povo precisa ouvir. Mas ainda existem obreiros qualificados e aprovados por Deus que estão fazendo a diferença nesta geração.

FIEL.

Que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. Além disso, requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel (ICo.4.1,2).

A fidelidade é indispensável na vida de um obreiro, todo obreiro que finge ser fiel, em algum momento vai cair em contradição. A fidelidade envolve todas as áreas da vida do obreiro. Fidelidade com Deus, fidelidade com a esposa e filhos, fidelidade com a igreja, fidelidade ministerial, fidelidade nos negócios, enfim, em todas as coisas. O apóstolo Paulo instruindo o jovem pastor Timóteo, disse: Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé. na pureza. Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá. Medita estas coisas, ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos (I Tm.4.12,13,15).

VIGILANTE.

Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que tem ouvem (ITm.4.16).
O obreiro que não é vigilante a sua vida pode se tornar uma tragédia. É preciso ser vigilante em todas as áreas, para que os nossos adversários, inclusive o diabo, não tenha de que nos acusar. O obreiro deve ficar sempre de prontidão e nunca dormir; pois o inimigo não dorme, ele trabalha de dia e de noite, procurando uma brecha para entrar e destruir. Por isso a bíblia nos recomenda dizendo: Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em redor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar (IPe.5.8). O apóstolo Paulo também nos exorta dizendo: Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos e sejamos sóbrios (ITes.5.6).

SOFREDOR.

Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo. Ninguém que milita se embaraça com negócio desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente (IITm.2.3-5).  

Hoje muitos obreiros não querem mais sofrer, muitos querem ostentar um titulo e ter isto como status, não estão interessados em se preocupar de cuidar das ovelhas, e sim em sugá-las, recolher a sua lã (bens, dinheiro) e viver um evangelho business (de negócios). O obreiro não foi chamado só  para viver um evangelho de conforto, mais também de sofrimento. O apóstolo Paulo escrevendo aos filipenses, diz: Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele, tendo o mesmo combate que já em mim tendes visto e, agora, ouvis estar em mim (Fp.1.29,30). Palavra fiel é esta: que se morrermos com ele, também com ele viveremos; se sofrermos, também com ele reinaremos, se o negarmos, também ele nos negará; se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo (II Tm.2.11-13). 

VERDADEIRO.

Tu porém, fala o que convém à sã doutrina (Tito, 2.1).
Conjuro-te, pois, diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as sua próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando as fábulas. Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faz a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério (II Tm.4.1-5).

O obreiro aprovado, ele é verdadeiro porque vive na verdade e prega a palavra da verdade. Só pode pregar a palavra da verdade, aquele que é verdadeiro; quando o apóstolo Paulo disse: Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade; isto significa dizer que, para se apresentar a Deus aprovado, é preciso está vivendo a verdade. Quem vive a verdade tem aprovação de Deus, não é envergonhado por ninguém e tem autoridade de manejar bem a palavra da verdade. Infelizmente, muitos não vivem o que pregam; muitos estão disfarçados de obreiros verdadeiros, vivem de engano e são hipócritas, mas com um tempo as máscaras irão cair.

HUMILDE.

Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor (Ef.4.1,2). 

A humildade é uma virtude que identifica o verdadeiro homem de Deus. O obreiro aprovado não deve ser orgulhoso, soberbo e de olhar altivo; e sim amigo, comunicativo, amável, generoso e humilde. A palavra de Deus nos diz: A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda (Pv.16.18). Antes de ser quebrantado, eleva-se o coração do homem; e, diante da honra, vai a humildade (Pv.18.12). 
Há obreiros que começaram bem, eram humildes, participavam, ajudavam, dividiam o que tinha para o bem da obra, sabiam ouvir quando preciso, abraçavam a todos e pregavam a palavra de Deus, mesmo se não fossem pagos para isso. Hoje infelizmente há muitos obreiros orgulhosos e até pensam que são estrelas, e buscam honras para si, e acham que são especiais e por isso querem ser destacados para ser o centro das atenções. Que Deus tenha misericórdia, e estes possam reconhecer que toda a glória e honra pertencem a Jesus. Muitos precisam descer do pedestal do orgulho e entrar no caminho da humildade, para ver a glória de Deus se manifestar na sua vida e no seu ministério, antes que seja tarde. Amém!