terça-feira, 19 de julho de 2016

IGREJA EM CRISE

Converte-nos, SENHOR, a ti, e nós nos converteremos; renova os nossos dias como antigamente (Lamentações, 5.21).

ANTIGAMENTE.

Antigamente a igreja orava constantemente e tinha menos problemas, hoje a igreja quase não ora mais e há constantes problemas nas igrejas.
E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações (Atos, 2.42).

Antigamente os cristãos eram conhecidos por serem parecidos com Cristo, hoje muitos cristãos são confundidos com os filhos das trevas.
Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos (Atos. 11.26).

Antigamente se dizia: Cuidado com o Diabo, porque ele vem com sapatinhos de lã (para não ser percebido). Hoje em dia o Diabo está entrando de tamancos (calçados que fazem barulho) em muitas igrejas e os crentes não estão percebendo.

Antigamente se dizia: Vamos orar para Deus revelar o pecado. Hoje muitos cristãos estão conformados com o pecado e não tem mais forças para orar.

Antigamente os cristãos nos cultos de oração faziam orações tão fervorosas e barulhentas que se ouvia de longe, hoje nos cultos de oração quase não se ora mais.

Antigamente os cristãos eram conhecidos como protestantes, hoje muitos são conhecidos como evangélicos e crentes gospel.

Antigamente os homens de Deus oravam para o Espírito Santo revelar obreiros para serem consagrados;  hoje muitos não oram mais neste sentido, parece que a urgência da obra é muito grande, e eles não tem tempo para orar. Já existe uma frase que muitos estão usando para justifica o seu erro, que diz: Se a chamada der errado, foi o homem quem chamou; se der certo, foi de Deus.

Antigamente o título de pastor era privilégio de alguns homens que tinham chamada de Deus, hoje este título está vulgarizado e muitos se alto intitulam pastor e são chamados de pastor sem ter o mínimo de requisitos necessário.

Antigamente havia muita reverencia, respeito e temor na Casa de Deus, hoje muitos estão brincando com as coisas de Deus e agindo como ímpio dentro da Casa de Deus.

Antigamente os pregadores e cantores cantavam e pregavam sem interesses financeiro, hoje muitos só pregam e cantam se antes fizer um depósito em sua conta bancária.

Antigamente os crentes se conformavam com o título de servo do SENHOR, hoje muitos querem ser reconhecidos como estrelas gospel no meio do povo de Deus.

Antigamente as pessoas aceitavam a Jesus, faziam confissão de fé, abraçavam o Evangelho e havia mudança de vida; hoje muitas pessoas aceitam Jesus por algum tipo de interesse e vivem um Evangelho de conveniências, elas entram no Evangelho mas o Evangelho não entra nelas.

Antigamente a igreja saia fora das quatro paredes e anunciava o Evangelho de Jesus através de concentrações e cruzadas evangelísticas; hoje isso raramente acontece, e muitas vezes quando assim fazem há mistura política no meio.

Antigamente os cristãos se reuniam em praça pública para adorar a Deus e pregar o Evangelho; hoje muitos se reúnem em praça pública ou ginásios para cantarem músicas que satisfaçam o seu ego e aplaudirem os cantores gospel em seus shows.

Antigamente o Evangelho era visto como algo ultrapassado e medíocre; hoje muitos olham para o Evangelho com interesses financeiro e estão fazendo do Evangelho um show business.

Antigamente a palavra cristão era um termo pejorativo e muitos ridicularizavam; hoje ser cristão para muitos virou moda e muitos viraram crentes nominais, porém nunca tiveram a experiência do novo nascimento.

Antigamente não se ouvia falar em política nos púlpitos das igrejas, o púlpito era sagrado para pregação e ensino da palavra de Deus; hoje nos púlpitos de muitas igrejas há muitas homilias e discursos políticos do que a pregação genuína do Evangelho.

Antigamente os crentes eram respeitados por causa da sua vida integra de comunhão e santidade diante de Deus; hoje muitos cristãos são medidos e respeitados pelo que tem (poder financeiro) e não pelo que são (por seu caráter).

Antigamente os pregadores oravam liam a bíblia e se esforçavam para prepararem um esboço para pregarem na igreja; hoje muitos não fazem mais assim, eles preferem pregar sermões prontos pesquisados na internet via google.

Antigamente os nossos correligionários eram tidos como companheiros de ministério; hoje infelizmente muitos estão competindo dentro da Casa de Deus, vendo o seu companheiro como competidor e uma ameaça ao seu ministério, com isso tentam anular e apagar o ministério do outro.

O CENÁRIO EVANGÉLICO NO BRASIL ESTÁ VIVENCIANDO “7” TIPOS DE CRISE:

1. CRISE DE AUTENTICIDADE.
A igreja está se tornando cada vez mais mundana e parecida com o mundo.

2. CRISE DE AUTORIDADE.
Estamos sucumbindo às pressões culturais implementadas pela sociedade pós-moderna da atualidade e perdendo a autoridade do Espírito para testemunhar da Verdade.

3. CRISE DE COMODIDADE.
A igreja está acomodada em relação a evangelização, a oração e na formação de obreiros preparados e adestrados nas Escrituras Sagradas.

4. CRISE DE FRATERNIDADE.
O Amor entre os irmãos está se esfriando mais e mais e estamos perdendo o foco do novo mandamento de Jesus, que diz: Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis (João, 13.34).

5. CRISE DE IDENTIDADE.
Estamos perdendo a semelhança de Cristo e nossa identidade de verdadeiros cristãos. Está existindo muitos cristãos nominais e sem compromisso com a verdade.

6. CRISE DE INTEGRIDADE.
Estamos corrompendo o nosso caráter com a secularização do cristianismo e a relativização do pecado do mundo pós-moderno.

7. CRISE DE PRIORIDADE.
Jesus está perdendo o primeiro lugar na vida de muitos, e muitos estão buscando as coisas materiais em primeiro lugar e deixando o Reino de Deus em segundo plano.

CONCLUSÃO:
A igreja de Jesus precisa sair da UTI espiritual e vencer todas as crises.
O Mundo Pós-moderno prega o Relativismo, o Pluralismo e o Humanismo. Diante disso somos desafiados a confrontar com todos os conceitos pós-moderno que são contrários a boa ética da palavra de Deus.
O desafio da relativização do pecado é dos maiores engano da mente humana; o maior de todos os pecados é negar que o pecado não existe. Evangelho implica em renúncias, não existe evangelho sem cruz, sem perder a vida, sem renúncia e sem abandonar o pecado. Na relativização do pecado, como não considera Deus, não reconhece também o que Deus chama de pecado. Algo pode deixar de ser pecado se lhe for conveniente? Temos que crê que o Criador estabeleceu um padrão moral para o homem.
O desafio da febre pelo crescimento poderá ser um grande perigo de tornar o Corpo de Cristo em uma Empresa, em um balcão de negócios, onde os produtos, serviços e práticas empresarias, tornam-se uma disputa entre os mais fortes concorrentes líderes religioso, que consideram a sua denominação (igreja) a melhor.
O nosso papel não é nos tornarmos o melhor do melhor, mas nos tornarmos o menor do menor. O nosso papel não é achar que nosso companheiro é um concorrente ou competidor, mas um companheiro na missão de evangelizar o mundo. Dada a individualidade com que Deus nos trata, nosso papel não é copiar os melhores modelos, mas buscar em Deus o que Ele tem de melhor para nós. Amém!