quinta-feira, 16 de março de 2017

AS CINCO GLÓRIAS DE JESUS

Levantai, ó portas as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória!
Quem é este Rei da Glória? O SENHOR forte e poderoso, o SENHOR poderoso na guerra.
Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória!
Quem é este Rei da Glória?
O SENHOR dos Exércitos; ele é o Rei da Glória! (Salmos, 24. 7-10).

Este salmo de Davi, nos seus primeiros versículos, revela Deus como SENHOR e Criador de toda criação; e também mostra as qualidades de uma geração de adoradores. A parti do versículo sete ele destaca a soberania do SENHOR, como Rei da Glória.
É provável que este salmo 24 fosse recitado numa festa anual do templo, na qual uma procissão carregava a arca da aliança, em uma celebração do SENHOR como Rei.
Com duas frases de ordem e duas perguntas iguais, vindo em seguida as suas respectivas respostas. A expressão Rei da Glória, aparecem cinco vezes, que provavelmente faz referência a JESUS.

A glória humana é passageira e está relacionada  com as riquezas, a fama, a ostentação, ao status e ao "poder".
A glória de Deus é eterna e está relacionada com a sua criação, com a sua igreja, com a sua presença e com o seu poder multiforme. 

1. A GLÓRIA DA SUA HUMANIDADE.

No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade (Jo.1.1,14).
Estamos em pleno século XXI depois de Cristo. Não depois de Buda, Maomé, Confúcio, Gandhi, Alexandre Magno, Napoleão, Marx ou Lenin. Nenhum homem marcou tanto a história da humanidade como a vida de Jesus Cristo. Toda a sua vida, e durante toda a sua existência aqui na terra, Ele tinha apenas um alvo: Manifestar a glória do Pai.

No ano de 2009 foi comemorado os quarenta anos da chegada do homem à lua. Em 20 de julho de 1969, Neil Armstrong, o primeiro astronauta a pisar em solo lunar, ao fazê-lo, disse uma frase que até hoje ecoa como a mais triunfal conquista humana de todos os tempos: “É um pequeno passo para o homem, mas um gigantesco salto para a Humanidade”.
Mas, o que mais chamou a atenção foi o que disse Richard Nixon, o então presidente do Estados Unidos da época. Com uma empáfia singular, talvez fruto do orgulho americano por serem eles os primeiros a conseguir tal façanha, Nixon falou em alto e bom som: “Esse é o dia mais importante para a Humanidade – o dia em que o homem pôs os seus pés na lua”. Foi aí que um grande evangelista do século vinte, Billy Graham, resolveu reagir à afirmação de Nixon. Disse Billy Graham: “o dia mais importante para a Humanidade não foi o dia em que o homem pôs os seus pés na lua, e sim, o dia em que Deus pôs os seus pés na Terra”. A Casa Branca estremeceu!

2. A GLÓRIA DO SEU MINISTÉRIO.

O inicio do ministério de Jesus foi em uma festa de casamento, quando na ocasião Ele operou o milagre de transformar água em vinho. O evangelista João, após narrar este acontecimento diz: 
Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galiléia e manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele (Jo.2.11).
A glória do ministério de Jesus era voltada totalmente para o Pai, todas as suas pregações, ensinos e milagres de curas e libertações eram realizados para glória de Deus Pai. Jesus falando sobre a sua missão para os religiosos da época, disse: Eu não busco a minha glória; há quem a busque e julgue. Se eu me glorifico a mim mesmo, a minha glória não é nada; quem me glorifica é meu Pai... (João, 8.50,54). A glória do ministério de Jesus foi marcada, não só por suas palavras e sinais que operava, mas também pela sua vida irrepreensível e de comunhão com o Pai.

3. A GLÓRIA DO SEU SOFRIMENTO.

E Jesus lhes respondeu, dizendo: É chegada a hora em que o Filho do Homem há de ser glorificado.
Pai, glorifica o teu nome. Então, veio uma voz do céu que dizia: Já o tenho glorificado e outra vez o glorificarei (Jo.12.23,28).
Na visão humana o sofrimento não combina com glória, porém o sofrimento de Jesus resultou em glória para toda humanidade. O resultado do seu sofrimento foi a salvação de milhões de almas para o Reino de Deus. O profeta Isaías falando sobre o seu sofrimento diz: O trabalho da sua alma ele verá e ficará satisfeito; com o seu conhecimento, o meu servo, o justo, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si (Is.53.11).
A glória do sofrimento de Jesus o elevou acima de todo o principado e todo o nome que se nomeia no céu, na terra e debaixo da terra. Paulo escrevendo aos cristãos da cidade de Filipos, diz: De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai (Fp.2.5-11). Amém!
  
4. A GLÓRIA DA SUA RESSURREIÇÃO.

A glória da sua ressurreição é o triunfo de Jesus sobre a morte, sobre o pecado, sobre Satanás e toda as hostes espirituais da maldade.
Paulo falando sobre a glória de Cristo, diz: Não cesso de dar graças a Deus por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações, para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação, tendo iluminado os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação e quais as riquezas da sua glória da sua herança nos santos e qual a sobreexcelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder, que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e pondo-o à sua direita nos céus, acima de todo principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro. E sujeitou todas as coisas a seus pés e, sobre todas as coisas, o constituiu como cabeça da igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos (Efésios, 1.16-23).

Se Jesus não houvesse ressuscitado, nenhuma glória haveria, todo o seu sacrifício e morte na cruz teria sido debalde, a nossa fé seria vã, e estaríamos todos destinados à perdição eterna. Mas, graças a Deus que Jesus ressuscitou e a sua glória é proclamada em toda a terra.

5. A GLÓRIA DA SUA VINDA.

Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória (Mateus, 24.30).

Nos capítulos 24 e 25 do evangelho de Mateus, vamos encontrar o sermão escatológico falado por Jesus, neste sermão, Jesus fala sobre três povos: Judeus, gentios (as demais nações) e igreja de Deus.
A vinda de Jesus será em duas fases, na primeira fase Ele virá para arrebatar a igreja, e será de formar secreta e invisível. Na segunda fase Ele virá para salvar a nação de Israel e estabelecer o seu Reino milenial; será publica e visível a todos. Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o transpassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre Ele. Sim! Amém! (Apocalipse, 1.7).
Ele virá em glória com os seus anjos e com os seus santos (a igreja).
E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os santos anjos, com ele, então, se assentará no trono da sua glória (Mt.25.31).
E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos (Judas, 14). Aleluia! a igreja também será participante da vinda de Jesus em glória. Amém!