sábado, 19 de novembro de 2016

O PODER PERTENCE A DEUS

Deus falou uma vez, duas vezes ouvi; que o poder pertence a Deus (Salmos.62.11).

Neste salmo Davi exalta a soberania de Deus e faz uma citação que confirma a identidade de Deus como o Todo-poderoso. A expressão hebraica El-shaday, que significa Deus Todo-poderoso, aparece pela primeira vez no texto sagrado em Gênesis 17.1. Esta expressão que revela um dos nomes de Deus, aparece com mais frequência no livro do patriarca Jó. O nome El-shaday aparece 48 vezes na bíblia e destes 30 estão no livro de Jó.
El-shaday é o Deus onipotente, aquele que realiza o impossível, é quem nos satisfaz e é suficiente para nós. 
O nome de El-shaday está ligado a El-eloim com relação ao poder, mas El-shaday é mais abrangente no sentido de que Deus tem todo poder e tudo o que precisamos, não há impossíveis para Ele. 
A palavra "Shaday" se relaciona com o campo e fala de abundância e sustento, mas também pode ser traduzida por ‘seio’ expressando como a mãe cuida e protege o filho. A mãe é tudo o que o filho tem e precisa para lhe proteger quando está em seus braços. Assim é Deus para conosco. Ele é a nossa segurança e proteção. Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará (Sl.91.1). Jó experimentou isso, ele perdeu tudo e todos, mas permaneceu crendo em El-shaday e Deus lhe deu tudo em dobro. 

EXPRESSÕES BÍBLICAS SOBRE O PODER DE DEUS.

Mas o SENHOR nas alturas é mais poderoso do que o ruído das grandes águas e do que as grandes ondas do mar (Sl.93.4).

Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus pensamentos pode ser impedido (Jó. 42.2).

Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando eu, quem impedirá? (Is.43.13).

Vede, agora, que Eu Sou o único, Eu somente, e mais nenhum deus além de mim. Faço morrer e faço viver, faço adoecer e faço sarar, e ninguém há que seja capaz de livrar-se da minha mão (Dt.32.39).

Ele é o que está assentado em seu trono, acima da cúpula da terra, cujos habitantes são para ele como gafanhotos; ele é o que estende os céus como cortina e os desenrola como tenda para nela morar. Ele é o que reduz os príncipes a nada e torna inúteis os juízes da terra.

Diz o Santíssimo: Com quem me comparareis? Com quem eu me assemelho?
Levantai os olhos e observai as alturas: Quem criou tudo isso? Foi aquele que coloca em marcha cada estrela do seu incontável exército celestial, e a todas chama pelo nome. O seu poder é incalculável; inextinguível a sua força, e, por isso, nenhum desses corpos celestes deixa de atender prontamente (Isaías. 40.22,23,25,26).

 

TRÊS COISAS SÃO EXCLUSIVAS DE DEUS.

1. O Reino.

2. A Glória.

3. O Poder.

Porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém! (Mt.6.13).

CONCLUSÃO:
No mundo há muitos poderes e muitos homens se julgam poderosos, porém todos estes poderes são limitados e temporários, o único poder real pertence a Deus. Jesus disse: É me dado todo o poder no céu e na terra (Mt.28.18). Não sobrou poder pra ninguém, há um ditado que diz: "No mundo tudo é força, só Deus tem o poder". Portanto submeta-se ao poder de Deus e Ele fará maravilhas na sua vida. Amém! 
    

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

CRENTE MORNO

Eu sei as tuas obras, que nem és frio nem quente. Tomara que foras frio ou quente! Assim, porque és morno e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca (Apocalipse,3.15,16).

A mornidão espiritual é o pior estado que se estabelece na vida de alguém que um dia teve um encontro pessoal e verdadeiro com Cristo.
A apatia espiritual dos crentes de Laodiceia  é motivo de desgosto para o Senhor. Sua pobreza espiritual era extrema. Um dos grandes pecados dos crentes de Laodiceia era não levar Cristo a sério e confiar nas suas riquezas. Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu (3.17). Algumas igrejas de hoje são como a igreja de Laodiceia; são ricas, seguras, fartas e respeitadas, no entanto, estão espiritualmente mortas e falidas. Mas, se abrirem o coração para Deus a fim de viverem uma vida de comunhão autêntica, irão receber um reavivamento espiritual e desfrutarão um relacionamento íntimo e diário com Cristo.

A “mornidão espiritual” é um estado de fraqueza espiritual e esta fraqueza se verifica no sentimento de auto-suficiência, de arrogância, de orgulho e de soberba do homem que tem a petulância, o desatino, a loucura de dizer que não precisa de Deus, de que “pode se virar sozinho” neste mundo. Como temos visto na nossa sociedade, é este um dos sentimentos dominantes, senão o predominante, neste mundo pós-moderno. Este é, portanto, o estado de “mornidão espiritual” da nossa sociedade, que é, sem dúvida, um dos maiores males da humanidade que se recusa a não se submeter ao senhorio de Cristo.

Comparando com a igreja de Laodiceia, a igreja atual quase em sua totalidade vem se tornando morna, acomodada e conformada com o mundo. Infelizmente, esta realidade vem se estabelecendo no meio do povo de Deus, muitos crentes estão perdendo o fervor espiritual e estão se tornando crentes nominais.
Para tristeza nossa, temos notícias que os países da Europa estão cada vez mais apáticos ao Evangelho de Cristo, o percentual de cristãos que frequentam igrejas é muito baixo em relação a super população da Europa. Os países da Europa que nos séculos passados foram berços dos grandes avivamentos, enviando missionário para o mundo, hoje vive em uma pobreza espiritual extrema. 
Mas o Espírito de Deus continua em ação para reverter esta situação. Há uma palavra da parte de Deus que diz: A cana trilhada não quebrará, nem apagará o pavio que fumega; em verdade, produzirá o juízo (Isaías, 42.3). É tempo de buscar ao SENHOR e tê-lo como prioridade na nossa vida, podemos ser ricos e prósperos, sem perder o fervor espiritual de servir a Deus.
É tempo de largarmos a capa da mornidão e nos revestirmos do poder do Espírito.
Crente frio Deus rejeita.
Crente morno Deus vomita.
Crente quente está na temperatura que Deus quer. 
Seja um crente quente e fervoroso e Deus vai fazer grandes coisas através da sua vida. Amém!    
 

terça-feira, 15 de novembro de 2016

AS DUAS PORTAS

Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela.
E porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem (Mateus, 7.13,14).

Jesus o Mestre dos mestres, já próximo a encerrar o seu mais longo sermão, conhecido como o sermão da montanha, nos fala sobre as duas portas e os dois caminhos.
Naquela época os ensinamentos de Jesus ia de encontro com os ensinos dos escribas e fariseus, e chocava as pessoas. Hoje não é diferente, muitos não aceitam os ensinamentos de Jesus e até acham ultrapassados para os dias atuais. Porém a sua palavra é verdadeira e os seus ensinamentos não tem prazo de validade, são válidos para todas as gerações.

DUAS PORTAS E DOIS CAMINHOS.

Jesus deixa claro que existem apenas dois caminhos diante de nós, e que é fundamental saber escolher sabiamente. O caminho largo é bem espaçoso e fácil de encontrar. Não é preciso parar e pensar antes de entrar nele, pois ele chega naturalmente. Sua porta é larga, mas leva à perdição.
O caminho estreito, ao contrário do largo, é quase imperceptível e leva a uma porta estreita, mas é o caminho para a vida.

A porta estreita é a porta da salvação, quem opta em entrar por esta porta será feliz e terá a vida eterna.
Esta porta estreita e o caminho apertado que Jesus falou são relativamente pouco desejados pelas pessoas.
Entrar pela porta estreita implica em renunciar o mundo e seus prazeres, deixar nossos próprios conceitos e buscar ser guiado pela palavra de Deus. A porta estreita se resume em viver para Deus, rende-se a Ele de corpo e alma, e propagar o seu Reino.

Finalmente, os que desejam seguir o caminho de Deus entrando pela porta estreita, devem procurar com atenção. Não é uma forma fácil nem natural de viver. Como Jesus já deixou claro, a vida de discípulo não é fácil, mas imensamente compensadora, e é o único caminho verdadeiro.
Eu lhe recomendo fazer sua opção pela porta estreita, experimente andar no caminho estreito e Jesus vai lhe levar a pastos verdejantes, e por fim a vida eterna. Amém!  

domingo, 13 de novembro de 2016

ACSA, UMA MULHER INTELIGENTE.

Então Calebe declarou: “Ao homem responsável por atacar e conquistar Quiriate-Sêfer darei minha filha Acsa em matrimônio!” Quem conquistou a cidade foi Otoniel, filho de Quenaz, irmão mais novo de Calebe, e este lhe entregou sua filha Acsa por esposa. Assim que passaram a viver como marido e mulher, ela o convenceu a deixá-la pedir um campo, como herança, a seu pai. Acsa foi até Calebe e, assim que saltou do jumento, seu pai lhe indagou: “O que desejas?” Ela então lhe rogou: “Concede-me uma bênção. Visto que me destinaste as terras secas do Neguebe, dá-me também fontes de água!” E Calebe lhe deu as fontes superiores e as fontes inferiores (Juízes, 1.12-15).

Aqui temos uma antiga história sobre Calebe, contemporâneo de Josué que ofereceu sua filha Acsa a quem atacasse e conquistasse Quiriate-Sefer. Seu sobrinho, Otoniel, aceitou o desafio e foi vitorioso. Calebe deu Acsa a Otoniel como esposa e, a pedido da filha, também presenteou o casal com fontes de águas. 
Acsa era uma mulher inteligente, também bonita e atraente, a ponto de despertar o interesse de Otoniel, que correu o risco de morrer na batalha para tê-la como esposa.

A DECISÃO DE ACSA.

Acsa decidiu mudar. Ela viveu sua infância peregrinando no deserto e presenciou os grandes feitos que o SENHOR fazia através de Josué e do seu pai Calebe. Ainda jovem, após casar com Otoniel, Acsa decidi voltar a casa de seu pai para lhe pedir uma bênção. A sua herança de direito o seu pai já havia lhe dado, todavia ela não conformada com as terras secas que havia recebido foi em busca de coisas melhores.
Acsa desejou prosperidade, e uma terra seca não produz. Por isso ela levantou-se e foi encontra-se com seu pai para reivindicar uma bênção.
Acsa foi objetiva e sabia em seu pedido, ela pediu fontes de águas, não pediu poços de águas nem rios. 
Acsa foi específica em seu pedido, ela pediu fontes de águas, não pediu uma fonte de água. Ela pediu as fontes superiores e as fontes inferiores.

FONTES SUPERIORES E FONTES INFERIORES.

Uma pergunta e um pedido:
“O que desejas?” Ela então lhe rogou: “Concede-me uma bênção. Visto que me destinaste as terras secas do Neguebe, dá-me também fontes de água!” E Calebe lhe deu as fontes superiores e as fontes inferiores (Juízes, 1.15).
O pedido de Acsa foi atendido e a sua bênção foi completa. Deus conhece as nossas necessidades e está pronto para ouvir as nossas petições. Deus sabe e entende que nós temos carências de bênçãos espirituais e materiais. Precisamos manter este equilíbrio, precisamos das fontes superiores (bênçãos espirituais), e das fontes inferiores (bênçãos materiais). As fontes de Deus são inesgotáveis, a sua bênção é completa e perfeita. Está escrito: A bênção do SENHOR é que enriquece; e não traz consigo dores (Pv.10.22).

CONCLUSÃO: 
Devemos tomar a mesma atitude de Acsa, ela não se acomodou em ficar em terras secas, mas decidiu mudar. Ela não queria continuar vivendo uma vida medíocre, ela desejou prosperar, crescer e desenvolver seu potencial. Acsa tomou uma decisão e foi objetiva em seu pedido. Que sejamos como Acsa.
Você precisa se levantar, seguir na direção da bênção de Deus, dá a volta por cima e acreditar que as fontes superiores e inferiores de Deus irão jorrar em sua vida. Amém!

sábado, 12 de novembro de 2016

O MENSAGEIRO INCONVENIENTE

Então Aimaás, filho de Zadoque, disse: “Vou correndo anunciar ao rei a boa nova de que o SENHOR lhe fez justiça e o livrou de seus inimigos!” Porém Joabe lhe advertiu: “Hoje não serás portador de uma alegre mensagem; noutro dia sim, porque a nova não é boa: o filho do rei está morto!” E Joabe convocou um escravo cuxita, etíope, e lhe ordenou: “Vai comunicar ao rei tudo o que viste!” O homem de Cuxe reverenciou a Joabe e saiu correndo para levar a notícia ao rei. Todavia Aimaás, filho de Zadoque, insistiu ainda e rogou a Joabe: “Haja o que houver, eu também quero ir atrás do cuxita!” Contudo Joabe lhe respondeu: “Para que vais correr, meu filho? Nenhuma recompensa receberás por dar essa notícia!” Mas Aimaás replicou: “Seja como for, desejo ir o mais depressa possível!” Então Joabe consentiu dizendo: “Vai, se é o que desejas!” E Aimaás partiu em disparada pelo caminho da planície do Jordão e passou à frente do homem de Cuxe.
Davi encontrava-se sentado entre a porta interna e à externa da cidade. E quando o soldado que fica de sentinela subiu ao terraço que havia sobre a porta, junto à muralha, observou um homem que vinha correndo sozinho. Imediatamente o soldado gritou, avisando o rei. E Davi disse: “Se ele está sozinho, deve trazer boa notícia!” E aquele homem foi se aproximando. Mas o soldado de vigia viu outro homem que se aproximava logo atrás do primeiro, e alertou ao porteiro: “Eis que vem outro homem que corre sozinho!” Ao que exclamou o rei: “Esse também deve estar trazendo boas novas.” O vigia acrescentou em alta voz: “Eu reconheço o modo de correr do primeiro homem: é como corre Aimaás, filho de Zadoque!” E ponderou o rei: “Este é um bom homem, ele deve estar trazendo uma boa mensagem.”
Então Aimaás aproximou-se do rei e o saudou reverentemente. Atirou-se com o rosto ao chão, diante do rei e anunciou: “Bendito seja o SENHOR, o teu Deus! Ele entregou os homens que se insurgiram contra o rei, meu senhor!” Prontamente o rei questionou: “O jovem Absalão está bem?” Ao que Aimaás respondeu: “Observei que houve grande alvoroço no momento em que Joabe, servo do rei, mandou este teu servo, contudo não sei o que aconteceu.” O rei ordenou: “Fica aqui ao lado e aguarda um pouco.”
Em seguida chegou o etíope e transmitiu a seguinte informação: “Ó rei, meu senhor, ouve a boa notícia! Hoje o SENHOR te fez justiça livrando-te de todos os que se levantaram contra ti! E o rei indagou ao cuxita: “Vai tudo bem com o moço Absalão?” E o etíope respondeu: “Que tenham a mesma sorte desse moço todos os inimigos do senhor meu rei e todos os que se têm levantado contra ti para te fazerem mal!”
Então o rei, profundamente abalado, subiu ao quarto que ficava por sobre a porta e chorou copiosamente. O rei ia subindo e clamando aos soluços: “Meu amado filho Absalão! Meu filho! Meu filho Absalão! Quem dera ter morrido em teu lugar! Ah, Absalão, meu querido filho, meu filho!” (II Samuel, 18.19-33).

Um mensageiro geralmente é portador de mensagens boas e ruins, ele precisa ter total segurança e conhecimento da mensagem que vai transmitir. Na época do rei Davi geralmente havia pessoas específicas para levar ou anunciar as mensagens a casa do rei quando este estava distante e precisava saber os fatos ocorridos na guerra ou em outras situações. Nesta ocasião do texto de II Samuel, 18.19-33, o fato principal da ocorrência é a morte do filho amado de Davi, Absalão. Joabe que era um dos comandantes do exército de Davi, após ferir Absalão e mandar matá-lo (II Samuel, 18.14,15), ficou preocupado com a reação de Davi, e enviou mensageiro a Davi.

OS DOIS MENSAGEIROS.

AIMAÁS.
Quem era Aimaás?
Era filho de Zadoque, era mensageiro oficial do rei, era homem de bem e geralmente transmitia boas mensagens.

O CUXITA.
Quem era?
Era um escravo, natural de Cuxe, africano, etíope de pele negra. Era homem de confiança, disposto a obedecer as ordens do rei e dos seus superiores. 

A MENSAGEM E A REAÇÃO DE DAVI À MORTE DE ABSALÃO.

O rei ainda não sabia desses acontecimentos, de modo que Aimaás, filho de Zadoque que havia levado a Davi a informação de Husai sobre os planos de Absalão (17.1-21), se dispõe a levar as boas novas ao rei (18.19). Aos seus olhos, Deus havia feito justiça e o rei ficaria satisfeito com a notícia.
Mas Joabe sabia que era péssima ideia Aimaás levar essa notícia ao rei, pois, embora vitorioso, o rei não ficaria feliz ao ouvir sobre a morte de seu filho Absalão. Joabe conhecia muito bem a reação de Davi ao ouvir notícias da morte de seus inimigos no passado (4.8-11), de modo que encarregou um etíope (um africano) para levar as notícias. 
A forma pela qual os ocidentais interpretam esse incidente demonstra o evidente problema da interpretação bíblica de mentalidade europeia. Alguns estudiosos sugerem que o etíope foi escolhido porque os africanos são excelentes corredores. Outros ostentam racismo declarado ao inferir que a escolha do etíope se deve ao fato de que a cor negra é apropriada para quem entrega más notícias. Outros ainda presumem o fato do etíope ser escravo. Entretanto, nenhuma dessas suposições podem ser justificadas. Este etíope provavelmente era um soldado no exército de Davi. Apesar das tentativas de provar o contrário, percebemos que os africanos têm participado da história do povo de Deus. Até mesmo Moisés teve uma mulher cuxita (Números, 12.1).
A mensagem não era para Aimaás, mas ele insistiu, e diante da sua insistência, Joabe cedeu. Assim partiram dois mensageiros. Um conveniente e outro inconveniente. Aimaás, correu na frente, pegou um atalho e chegou antes do etíope. A sentinela reconheceu Aimaás à distância pelo seu jeito de correr. Como mensageiro, Aimaás estava acostumado a trazer informações ao rei e exaltou a Deus ao anunciar a vitória, porém o rei estava mais interessado nas notícias do seu filho. Ciente das advertências de Joabe, Aimaás fingiu não saber da morte de Absalão. Ou seja, ele não soube transmitir a mensagem. 
Mas depois chegou o etíope, sem pressa, descansado, e entregou a mensagem completa. Chegou também exaltando ao SENHOR pela vitória. Novamente Davi pergunta por Absalão e o africano responde com sabedoria: Seja como aquele os inimigos do rei, meu senhor, e todos os que se levantam contra ti para o mal. O rei compreendeu a resposta e começou a chorar. Davi chora dizendo: Meu filho Absalão, meu filho, meu filho Absalão! Quem me dera que eu morrera por ti, Absalão, meu filho, meu filho! (18.33). O lado paternal de Davi sobrepujou suas emoções de rei. Ele repetiu por cinco vezes a expressão meu filho.

CONCLUSÃO:
Aimaás insistiu em ser o mensageiro e não foi bem sucedido em sua mensagem, na ocasião ele não seria o mensageiro adequado para levar a notícia ao rei. Ele sabendo que havia um outro mensageiro, correu apressadamente, pegou um atalho para chegar primeiro e ao chegar não soube dar a mensagem.
Porém o cuxita que foi designado pelo comandante Joabe como mensageiro oficial, foi sem pressa e ao chegar na presença do rei entregou a mensagem com sabedoria.
Assim acontece com alguns pregadores que se acham detentores das mensagens e se auto intitulam de grandes pregadores. É preciso compreender que nem sempre a mensagem está com os renomados pregadores, muitas vezes Deus quer usar os menos favorecidos, os anônimos, os esquecidos, os que aparentemente não tem mensagens. Deus usa quem quer, ele tem seus propósitos e pessoas certas para o momento oportuno. Está escrito: Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece (Romanos, 9.16). 
Nunca queira ser um mensageiro inconveniente, nunca corra na frente de ninguém, nem tente puxar o tapete dos outros para obter vantagens; espere o tempo de Deus e Ele vai lhe honra na hora certa. Amém!

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

NA FENDA DA ROCHA

Moisés então suplicou: “Rogo-te que me reveles a tua Glória!” E o SENHOR orientou-o: “Farei passar diante de ti toda a minha benevolência, e diante de ti proclamarei o meu Nome, o SENHOR. Terei misericórdia de quem Eu decidir ter misericórdia, e terei compaixão de quem Eu desejar ter compaixão!” E disse mais: “Não poderás ver a minha face, porque o ser humano não pode ver-me e permanecer vivo!” E concluiu o SENHOR: “Eis aqui um bom lugar junto a mim; põe-te sobre a rocha. Quando passar a minha Glória, Eu te colocarei em uma fenda da rocha e te cobrirei com a palma da mão até que Eu tenha passado. Depois tirarei a palma da mão e me verás pelas costas. Minha face, todavia, não se poderá ver!”(Êxodo, 33.18-23).

Moisés foi um dos homens na bíblia que mais teve comunhão com Deus, o próprio Deus declarou a esse respeito, dizendo: Então disse o SENHOR: “Ouvi, pois, as minhas palavras: Quando há entre vós profetas, Eu, o Eterno, me faço conhecer a eles por meio de visões, e falo com eles em sonhos.
Contudo, não é assim que procedo para com meu servo Moisés, o mais fiel dos servos de minha Casa.
Com ele converso face a face, claramente, e não por enigmas ou parábolas; e a ele foi revelada a forma do SENHOR. Por que ousastes falar contra meu servo Moisés?”(Números, 12.6-8).
E disse mais: “Não poderás ver a minha face, porque o ser humano não pode ver-me e permanecer vivo!” (Ex.33.20). Essas palavras não contradizem a declaração de que Deus conversava "face a face" com Moisés (33.11). Nesse caso a expressão "face a face" é figurativa, indicando o relacionamento franco e amigável entre Deus e Moisés. Quando Deus diz: "Não poderás ver a minha face". É uma referência à natureza oculta de Deus, sua própria essência. Apesar da proximidade entre Deus e Moisés, este não consegue ver Deus, exceto por suas ações e glória. Temos o episódio da sarça ardente, quando Deus falou diretamente com  Moisés, mas sem que o visse de fato (Ex.3.3-6). A passagem de Êxodo, 33.18-23 é apenas uma demonstração prática e restrita da revelação de Deus a Moisés. Ele o vê pelas costas (seus atos manifestos); mas não vê sua face (sua natureza oculta).

DEUS PROCURA UM HOMEM DISPOSTO A FICAR NA BRECHA.

E busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro e estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei (Ezequiel, 22.30).
Moisés se prontificou a ficar na brecha perante o SENHOR, como resultado ele viu a glória de Deus.
Deus sempre fez questão de ter comunhão com o homem, a prova disto é que Ele sempre procurou se revelar ao homem. O problema é que Deus tem dificuldade em encontrar homens e mulheres dispostos a pagarem o preço de terem uma vida de comunhão com Ele. Ficar na fenda da rocha, ou na brecha perante o SENHOR, se constitui um desafio para nossa geração incrédula, conformada com uma sociedade cética e materialista. Ficar na fenda da rocha ou na brecha perante o SENHOR, implica em viver uma vida de comunhão e intimidade com Deus. Que todos declaram serem crentes, isso é fato, é inegável, não há dúvidas. Porém, a grande diferença é ser crente e viver uma vida de comunhão e intimidade com Deus. Moisés chegou a um nível tão grande de intimidade com Deus que não mais se conformava só em sentir a sua presença e ver a sua glória, ele desejou ver a Deus em toda a sua essência e total natureza.
Encontrar um homem intimo de Deus está se tornando uma raridade, infelizmente não são muitos que fazem parte deste grupo seleto. Todavia, Deus insiste em arregimentar homens e mulheres que estejam dispostos a se colocarem na fenda da rocha ou na brecha perante Ele, para desfrutarem uma vida de comunhão e intimidade com o Eterno.
Finalmente, nenhuma das grandes amizades, títulos, status, fama, nome ou renome substitui o privilégio de ter uma vida de comunhão com Deus. Busque a Deus, fique na fenda da Rocha que é Cristo, e a glória de Deus vai se manifestar em sua vida.
Na fenda da Rocha é o lugar da nossa intimidade e comunhão com Deus.

Há uma poesia de uma música interpretada pela cantora Fernanda Brum, que fala sobre a fenda da rocha como um lugar de intimidade e comunhão com Deus:

Existe um lugar na fenda da rocha, bem junto a Ti
Em Tua presença, em Tua presença
Existe um lugar aconchegado ao Teu coração
Em Tua presença, em Tua presença

Existe um lugar onde o orgulho não vai me seduzir
Onde o dinheiro, a fama, os aplausos
Não podem me comprar

Em Tua presença, Senhor
Em Tua presença, Senhor
Eu quero estar e mergulhar
Descansar em Teus braços de amor

Em Tua presença, Senhor
Em Tua presença, Senhor
Vou me esconder, Tu és meu prazer
Em Tua presença é o lugar
Onde eu quero habitar.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

QUATRO ÂNCORAS NA VIDA DO CRISTÃO.

E, ao terceiro dia, nós mesmos, com as próprias mãos, lançamos ao mar a armação do navio. E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem estrelas, e caindo sobre nós uma grande tempestade, fugi-nos toda a esperança de nos salvarmos. E, temendo ir dar em alguns rochedos, lançaram da popa quatro âncoras, desejando que viesse o dia (Atos, 27. 19,20,29).

O escritor Lucas nos relata neste episódio que Paulo estava sendo levado como prisioneiro em um navio de carga para Roma, onde lá ele seria julgado. Com Paulo nessa embarcação havia outros presos, que totalizavam 276 pessoas, contando com o centurião, os soldados e o comandante do navio. Essa viagem durou cerca de 15 dias, e durante a viagem houve muitas intempéries e situações desastrosas, a ponto do navio ficar totalmente destruído. Lucas e Aristarco companheiros de Paulo, iam juntos nesta viagem.
Lucas em sua narrativa nos informa: E, ao terceiro dia, nós mesmos, com as próprias mãos, lançamos ao mar a armação do navio. E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem estrelas, e caindo sobre nós uma grande tempestade, fugi-nos toda a esperança de nos salvarmos. E, temendo ir dar em alguns rochedos, lançaram da popa quatro âncoras, desejando que viesse o dia (Atos, 27. 19,20,29).
Toda trajetória desta viagem de Paulo no capítulo 27 do livro de Atos, é um retrato da nossa vida cotidiana que muitas vezes temos que enfrentar muitas turbulências e adversidades no mar desta vida.
Passar muitos dias sem sol e muitas noites sem estrelas e ainda enfrentar tempestade, é uma situação muito difícil e alarmante. Quando nos falta o sol no dia e as estrelas na noite, certamente há falta de esperança. Se os seus dias estão sem sol e a sua noite sem estrelas, sugiro a você que lance "âncoras". Todos nós somos marinheiros, e na trajetória da viagem há muitas tempestades, mas, Deus tem uma saída, uma resposta, uma solução. 

1. ÂNCORA DA CONFIANÇA.

Mas, agora, vos admoesto a que tenhas bom ânimo, porque não se perderá a vida de nenhum de vós, mas somente o navio (Atos, 27.22).

No meio de uma grande tempestade, o navio quase indo a pique, com uma tripulação de 276 homens, Paulo não se desesperou, mas demonstrou confiança em Deus e consolou a todos com palavras de ânimo. É preciso confiarmos em Deus na hora da adversidade, quando as ondas do mar desta vida vem para nos sucumbir, temos que ancorar a nossa confiança em Deus. Está escrito: Os que confiam no SENHOR serão como o monte Sião, que não se abala, mas permanece para sempre (Salmos, 125.1). Firme a âncora da sua confiança em Deus, descanse e deixe Deus agir.

2. ÂNCORA DA FÉ.

Portanto, ó varões, tende bom ânimo! Porque creio em Deus que há de acontecer assim como a mim me foi dito (Atos, 27.25).

Paulo acreditou, teve fé na palavra de Deus, naquilo que Deus falou. Mesmo estando em uma situação desesperadora, ele não perdeu a fé. Assim deve ser a vida de um cristão que vive pela fé. Mesmo que as tempestades desta vida venham para querer nos destruir, jamais devemos perder a fé, temos que acreditar que Deus está no controle, e no final tudo vai dar certo. Está escrito: Mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele (Hebreus, 10.38). 

3. ÂNCORA DA  ESPERANÇA.

Porque, esta mesma noite, o anjo de Deus, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo (Atos, 27.23). Portanto, exorto-vos a que comais alguma coisa, pois é para a vossa saúde; porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós (Atos, 27.34).

Houve um momento tão desesperador nesta viagem de Paulo, a ponto deles perderem toda esperança. Lucas, assim relata: E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem estrelas, e caindo sobre nós uma grande tempestade, fugi-nos toda a esperança de nos salvarmos (Atos, 27.20). Porém, Deus renova a nossa esperança e nos dá a certeza que não estamos sós. Paulo disse aos seus companheiros: Porque, esta mesma noite, o anjo de Deus, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo (Atos, 27.23). A presença de Deus nos dá uma viva esperança e nos garante que não vamos ser derrotados. Esqueça tudo que não pode lhe dá esperança, e ponha toda a sua esperança em Deus. Está escrito: Bem -aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio e cuja esperança está posta no SENHOR, seu Deus (Salmos, 146. 5).
Bom é ter esperança e aguardar em silêncio a salvação do SENHOR (Lamentações, 3.26). 
Lance a âncora da esperança, e você não será abalado, a sua alma estará firme em Deus. O escritor aos hebreus nos diz: ... Para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos a firme consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta; a qual temos como âncora da alma, segura e firme e que penetra até o interior do véu (Hb. 6.18,19). 

4. ÂNCORA DA PROVIDÊNCIA.

Quando se fez dia claro não reconheceram a terra, mas puderam avistar uma enseada, onde havia praia, e decidiram que o melhor seria tentar encalhar o navio ali. Então, cortando as cordas que seguravam as âncoras, abandonaram-nas no mar, desatando ao mesmo tempo as amarras que prendiam os lemes. Em seguida, alçando ao vento a vela que restara na proa, foram conduzidos em direção à praia. Entretanto, dando num lugar onde duas fortes correntes marítimas se encontravam, o navio encalhou em um banco de areia. A proa encravou-se e ficou imóvel, e a popa foi despedaçada pela força constante das ondas. Então, os soldados resolveram matar os prisioneiros para impedir que alguns deles conseguissem fugir, atirando-se ao mar. Contudo, o centurião, desejando poupar a vida de Paulo, os impediu de executar a ação proposta. E ordenou aos que sabiam nadar que se lançassem em primeiro lugar ao mar e rumassem em direção à terra. Os demais deveriam seguir os primeiros e salvar-se com a ajuda de tábuas ou destroços flutuantes do navio. E, assim, ninguém se perdeu e todos chegaram a salvo em terra firme (Atos, 27. 39-44).

Após uma noite muito difícil, chegando o dia tentaram por todos os meios contornar a situação, porém o navio ficou encalhado em um banco de areia, e uma forte corrente de águas destruiu totalmente o navio. Os soldados entrando em desespero resolveram matar todos os prisioneiros. Porém, por uma providência Divina, o centurião (o chefe dos soldados) querendo poupar a vida de Paulo, impediu que os soldados executassem os presos. Ordenou que todos se lançassem ao mar e rumassem em direção à terra. Assim todos chegaram em terra firme, são e salvos, ninguém se perdeu.

Deus é provedor e a sua providência é eficaz, Ele não falha. Um dos nomes de Deus é Jeová jiré. No momento crucial da vida do patriarca Abraão, em obediência a ordem de Deus, ele leva o seu filho Isaque para ser sacrificado. Andando ambos juntos a caminho do monte do sacrifício, surge a pergunta do seu filho: Onde está o cordeiro para o holocausto? A resposta de Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho (Gênesis, 22. 7,8). Devemos nos momentos críticos, difíceis da nossa vida, lança a âncora da providência, crer como Abraão e dizer pela fé: Deus proverá! 

CONCLUSÃO:
Eles lançaram ao mar quatro âncoras para garantir estabilidade. Dentro do navio estava um homem de Deus que diante das turbulências não se abalou. Deus quer dar a você equilíbrio, quando tudo em sua volta estiver abalado, confie em Deus e se mantenha firme. As âncoras servem para sustentar o navio e mantê-lo firme. Mas a âncora espiritual da nossa alma serve para dar estabilidade à nossa vida. Amém!